CALENDÁRIO LETIVO:

METODOLOGIA:

Nesta disciplina fazemos uso das metodologias ativas de ensino-aprendizagem, mais especificamente, a aprendizagem baseada em times (ABT). Os estudantes serão distribuídos em 5 grupos de 8 alunos que irão, semanalmente, se reunir, online, via GoogleMeet^®, de modo síncrono, para discussão de situações-problemas (situações simuladas construídas ancoradas na realidade) que objetivam gerar dúvidas, desequilíbrios ou perturbações intelectuais com forte motivação prática e estímulo cognitivo para evocar as reflexões necessárias à busca da resolução das situações de saúde dos personagens. Diferente da aprendizagem baseada em problemas (ABP), neste curso, as discussões de situações problema em grupo acontecerão após o aluno ter assistido as aulas teóricas e realizado a busca ativa. Nas reuniões em grupo os alunos estarão autorizados a realizar nova busca ativa e utilizar materiais de consulta para sustentar sua argumentação. Ao final de cada encontro, o grupo deverá enviar uma súmula da situação problema, explicando-a, resolvendo-a e respondendo os questionamentos que, porventura, foram realizados. Sugere-se que nas súmulas os estudantes:

1.     Informem os Diagnósticos Sindrômicos;

2.     Informem as Hipóteses Diagnósticas Etiológicas;

3.     Informem os Diagnósticos Diferenciais;

4.     Formule Hipóteses explicativas para a apresentação clínica e quadro do paciente (incluindo possíveis processo fisiopatológicos);

5.     Proponham exames ou manobras para a propedêutica do problema;

6.     Proponham o manejo do paciente (e, quando cabível a prescrição com posologia);

7.     Respondam os questionamentos apresentados na situação problema.

Estes relatórios / súmulas, serão utilizados para acompanhar o progresso dos estudantes e para avalia-los ao longo do curso.

As apresentações clínicas incluem estudos e atividades que englobam epidemiologia, patogênese, fisiopatologia, história natural da doença, propedêutica semiológica, diagnóstico clínico, laboratorial e de imagem, diagnóstico diferencial, plano terapêutico e de cuidados, aspectos psicológicos, éticos e legais, acompanhamento de indicadores de qualidade e prognóstico e contemplando a prática da medicina baseada em evidências. Os disparadores das necessidades curriculares são casos clínicos, situações-problemas com suas ações controladas.

Operacionalização Online

A disciplina será hospedada no Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle^®). Os encontros de ABT, em grupos, na modalidade síncrona serão realizados no GoogleMeet^®. Ambas as plataformas são disponibilizadas gratuitamente pela UFPB e suportam as atividades propostas neste curso, inclusive, na hospedagem das vídeo-aulas que serão produzidas e disponibilizadas pelo professor.

AVALIAÇÃO:

A avaliação do estudante ocorre em processos contínuos com base em modelos formativos e somativos. É um processo de acompanhamento permanente, orientado a partir da construção de competências pela reunião dos atributos: conhecimentos, habilidades e atitudes, adotando parâmetros de caráter formativo e somativo.

Avaliação formativa – tem como intuito verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos durante o desenvolvimento das atividades. Visa, fundamentalmente, determinar se o aluno domina gradativa e hierarquicamente cada etapa da instrução; porque antes de prosseguir para uma etapa subseqüente de ensino-aprendizagem, os objetivos em questão devem ter seu alcance assegurado. É, principalmente, através da avaliação formativa que o aluno conhece seus erros e acertos e encontra estímulo para um estudo sistemático. Essa modalidade de avaliação é basicamente orientadora, tanto do estudo do aluno quanto do trabalho do professor. Por isso, a avaliação formativa pode ser utilizada como um recurso de ensino e como fonte de motivação. Esta avaliação está muito ligada ao mecanismo de feedback, à medida que também permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulações no seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo, quando ainda em curso. Essa modalidade de avaliação pode ser uma excelente ferramenta para que a maioria dos alunos alcance o objetivo desejado.

·        Nesta disciplina acontece através da avaliação dos casos clínicos analisados, discutidos e resolvidos pelos grupos de trabalho do Aprendizado Baseado em Times.

Avaliação somativa – apresenta os produtos gerados no processo de formação, ou seja, os resultados parciais e finais alcançados, definindo a possibilidade de progressão ou retenção do estudante, sempre em caráter complementar e indissociável à avaliação formativa, sendo critério que define a aprovação ou a reprovação. Nesta disciplina, o semestre será dividido em duas unidades. Cada unidade contará com uma avaliação cognitiva teórica composta por 10 questões (valendo 10,0), sendo 7 de múltipla escolha (valendo 0,7 cada) e 3 discursivas (valendo 1,7 cada).

·        Unidade 1 – Nefrologia Clínica: avaliação cognitiva teórica (10,0);

·        Unidade 2 – Nefrologia Intensiva: avaliação cognitiva teórica (10,0);

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

BÁSICA

1.     JOHNSON, R.L.; et al. Nefrologia clínica: Abordagem abrangente. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

2.     RIELLA, M. C. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2018. 

3.     YU, Luis et al. Nefrologia intensiva. Rio de Janeiro: Roca, 2016.

COMPLEMENTAR

1.     ZATZ, Roberto. Bases fisiológicas da nefrologia. São Paulo: Atheneu, 2011.

2.     MOURA, L. R. R. et al. Tratado de nefrologia. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2018.

3.     YU, Alan et al. Brenner e Rector's The Kidney. 11 ed. Elsevier, 2019.

4.     RONCO, Claudio et al. Critical care nephrology. 3 ed. Elsevier, 2017.

5.     GILBERT, S et al. National Kidney Foundation Primer on Kidney Diseases. 7 ed. Elsevier, 2017.

6.     JOHNSON, Richard J. et al. Comprehensive Clinical Nephrology. 6 ed. Elsevier, 2019.

7.     www.uptodate.com

OBJETIVOS DO CURSO:

Ao final do curso espera-se que o aluno seja capaz de:

1.     Listar as indicações de avaliação da função renal na atenção primária;

2.     Definir Taxa de Filtração Glomerular (TFG);

3.     Listar os métodos de avaliação da função renal;

4.     Conhecer os marcadores séricos disponíveis para avaliação da função renal;

5.     Entender a necessidade do uso da fórmula do CKD-EPI para estimativa da TFG;

6.     Listar as indicações do Clearance da Creatinina em urina de 24 horas;

7.     Entender que a ureia não avalia função renal;

8.     Conhecer os componentes do sumário de urina;

9.     Listar as indicações de sumário de urina;

10.  Entender a propedêutica da hematúria;

11.  Entender a propedêutica da proteinúria;

12.  Definir Síndrome Nefrítica;

13.  Definir (GNRP) Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva;

14.  Listar as causas primárias e secundárias de Síndrome Nefrítica;

15.  Listar as causas primárias e secundárias de GNRP;

16.  Listar as indicações de biópsia renal;

17.  Entender a necessidade de encaminhamento para serviços de nefrologia em casos de Síndrome Nefrítica;

18.  Entender a necessidade de encaminhamento para pulsoterapia de urgência em casos de GNRP;

19.  Definir Síndrome Nefrótica;

20.  Listar as indicações de biópsia renal;

21.  Conhecer as 5 apresentações histológicas da Síndrome Nefrótica;

22.  Listar as causas primárias e secundárias de Síndrome Nefrótica;

23.  Entender a necessidade de encaminhamento de pacientes com Síndrome Nefrótica para nefrologia;

24.  Conhecer a Nefropatia Diabética;

25.  Conhecer o protocolo de rastreio da nefropatia diabética em pacientes diabéticos;

26.  Entender as medidas para retardar a progressão da nefropatia diabética;

27.  Entender a importância do IECA/BRA no manejo da proteinúria;

28.  Definir cistite, uretrite, orquiepididimite, prostatite e pielonefrite;

29.  Conhecer as indicações de exames complementares na avaliação da infecção urinária;

30.  Entender o tratamento da cistite, uretrite, prostatite e orquiepididimite;

31.  Entender o tratamento da pielonefrite;

32.  Conhecer as complicações da pielonefrite;

33.  Entender o tratamento da pielonefrite complicada;

34.  Entender o tratamento da infecção urinária na gestação;

35.  Conhecer as características ultrassonográficas e tomográficas de um cisto simples;

36.  Conhecer as características ultrassonográficas e tomográficas de um cisto complexo;

37.  Conhecer os critérios ultrassonográficos da Doença Renal Policística Autossômica Dominante;

38.  Entender a Doença Renal Policistica Autossômica Dominante;

39.  Identificar pacientes com hipervolemia e hipovolemia;

40.  Entender o tratamento da hipervolemia e hipovolemia;

41.  Conhecer os critérios ultrassonográficos para congestão pulmonar;

42.  Identificar pacientes com hiponatremia e hipernatremia;

43.  Conhecer as causas de hiponatremia;

44.  Entender o tratamento da hiponatremia e hipernatremia;

45.  Entender os distúrbios do potássio;

46.  Entender a propedêutica e tratamento da acidose metabólica;

47.  Entender a propedêutica e tratamento da alcalose metabólica;

48.  Conhecer a lesão renal aguda, suas etiologias e tratamento;

49.  Conhecer a doença renal crônica, seu diagnóstico e tratamento;

50.  Listar as indicações de terapia substitutiva renal em pacientes crônicos e agudos;

51.  Conhecer a distribuição corporal de água;

52.  Entender o conceito de osmolaridade plasmática e seus determinantes;

53.  Entender o papel da osmolaridade plasmática na distribuição de água nos compartimentos corporais;

54.  Revisar conceitos de concentração e diluição urinária;

55.  Revisar os mecanismos de retenção e eliminação salina pelo rim;

56.  Reconhecer a hiponatremia e a hipernatremia como distúrbios da água;

57.  Reconhecer a hipovolemia e a hipervolemia como distúrbios do sódio;

58.  Entender a hipovolemia;

59.  Listar as causas de hipovolemia;

60.  Conhecer a propedêutica da hipovolemia;

61.  Entender o tratamento (fluidoterapia) da hipovolemia;

62.  Entender a hipervolemia;

63.  Listar as causas de hipervolemia;

64.  Conhecer a propedêutica da hipervolemia;

65.  Entender o tratamento (diureticoterapia) da hipervolemia;

66.  Definir choque;

67.  Conhecer os tipos de choque (classificação de Weil);

68.  Entender a aplicabilidade da ultrassonografia na avaliação do choque;

69.  Conhecer os achados ecocardiográficos de Tromboembolismo Pulmonar maciço e Tamponamento Cardíaco;

70.  Conhecer os artefatos encontrados na ultrassonografia pulmonar;

71.  Entender o Protocolo FALLS;

72.  Conhecer aspectos do diagnóstico sindrômico, laboratorial, anatomopatológico e por imagem das doenças renais.

73.  Reconhecer e tratar adequadamente as afecções inflamatórias que atingem os órgãos do aparelho urinário (Rim, bexiga e Uretra).

74.  Reconhecer e tratar adequadamente as doenças císticas renais;

75.  Reconhecer e tratar adequadamente a doença renal crônica;

76.  Reconhecer e tratar adequadamente as doenças glomerulares;

77.  Entender a hiponatremia;

78.  Listar as causas de hiponatremia;

79.  Conhecer a propedêutica da hiponatremia;

80.  Entender o tratamento da hiponatremia;

81.  Conhecer a Síndrome da Antidiurese Inapropriada;

82.  Conhecer a Síndrome Cerebral Perdedora de Sal;

83.  Entender a hipernatremia;

84.  Listar as causas de hipernatremia;

85.  Conhecer a propedêutica da hipernatremia;

86.  Entender o tratamento da hipernatremia;

87.  Conhecer o Diabetes Insipidus Central e Nefrogênico;

88.  Entender a hipocalemia;

89.  Listar as causas de hipocalemia;

90.  Conhecer a propedêutica da hipocalemia;

91.  Entender o tratamento da hipocalemia;

92.  Entender a hipercalemia;

93.  Listar as causas de hipercalemia;

94.  Conhecer a propedêutica da hipercalemia;

95.  Entender o tratamento da hipercalemia;

96.  Entender a gasometria arterial;

97.  Conhecer os distúrbios ácido-base;

98.  Entender a propedêutica da acidose metabólica;

99.  Entender a propedêutica da alcalose metabólica;

100.                Conhecer o tratamento da acidose metabólica;

101.                Entender a indicação do NaHCO3 no tratamento da acidose metabólica;

102.                Conhecer o tratamento da alcalose metabólica;

103.                Entender a indicação de NaCl0,9% no tratamento da alcalose metabólica;

104.                Definir Necrose Tubular Aguda (NTA);

105.                Conhecer os achados clínicos e laboratoriais da NTA;

106.                Definir Nefrite Intersticial Aguda (NIA);

107.                Conhecer os achados clínicos e laboratoriais da NIA;

108.                Entender o manejo da NTA e da NIA;

109.                Definir Lesão Renal Aguda (LRA);

110.                Avaliar a função renal de pacientes com LRA;

111.                Entender a classificação do KDIGO para LRA;

112.                Listar as etiologias de LRA;

113.                Conhecer a propedêutica da LRA;

114.                Conhecer as medidas preventivas para LRA;

115.                Entender o manejo conservador da LRA;

116.                Listar as indicações de diálise de urgência;

117.                Conhecer as indicações de diálise precoce na LRA;

118.                Conhecer a classificação de Doença Renal Crônica (DRC) do KDIGO;

119.                Conhecer os fatores de risco para Doença Renal Crônica;

120.                Conhecer os Determinantes Sociais de Saúde associados a DRC;

121.                Entender o manejo da anemia associada a DRC;

122.                Entender o manejo da doença mineral e óssea associada a DRC;

123.                Conhecer as metas clínicas para retardar a progressão da DRC;

124.                Conhecer as metas clínicas para prevenir a DRC;

125.                Listar as opções de terapia substitutiva renal;

126.                Conhecer os princípios da hemodiálise;

127.                Conhecer os princípios da diálise peritoneal;

128.                Conhecer os princípios do transplante renal;

129.                Entender o impacto econômico da terapia substitutiva renal no SUS;

130.                Entender o impacto psicológico e social da terapia substitutiva renal;